sábado, 30 de março de 2013

Vingadores vs. X-Men #0: (Quase) TUDO o que você precisa saber para acompanhar o conflito da década!


Quando Avengers vs. X-Men foi anunciada lá nos EUA, teve gente que reclamou. “O grande crossover da Marvel seria uma briguinha entre Vingadores e mutantes? REALLY?”, diziam muitos deles. No entanto, essa foi uma análise rasa. Quem acompanha os gibis da Casa das Ideias sabe: existe uma escalada na animosidade entre as duas equipes há alguns anos — e, principalmente, dentro dos próprios X-Men.
No final, AvX (como foi chamada lá nos EUA) rendeu uma boa história, trazendo algumas transformações interessantes ao Universo Marvel, apesar do final meia-bomba. Tudo isso chega agora ao Brasil, começando com a publicação de Vingadores vs. X-Men #0 (Panini Comics, 132 páginas, R$ 12,90), que já está nas bancas.
Vale lembrar que, assim que VvX acabar, começa o relaunch da Marvel no Brasil, que foi chamado dos EUA de Marvel NOW!. As revistas da Panini devem ter a numeração zerada no segundo semestre do ano, introduzindo uma nova fase dos personagens da editora — que, em parte, tem ligação com o final da saga.
Como a Marvel chegou nessa briga?
Mais do que tudo, uma saga que traz como pressuposto uma luta entre Vingadores e X-Men (duas grandes franquias da editora nos gibis e nos cinemas) chama muita a atenção. É aquele título que você sabe que vai atrair muita gente que não acompanha as HQs ou não compra revistas há anos. É um pessoal que vai abrir a publicação e se espantar ao ver o Wolverine lutando como um Vingador, por exemplo.
Por isso, vale um rápido retrospecto. Wolverine, Fera, Feiticeira Escarlate e alguns outros mutantes possuem um histórico como membros dos Vingadores. Logan talvez seja o caso mais esquisito para que não lê habitualmente: o mutante baixinho é membro constante das HQs dos Vingadores desde 2005, quando estreou Novos Vingadores.
Tem mais. Ano passado foi publicada no Brasil a saga Cisma. Nela Ciclope e Wolverine, que nunca foram melhores amigos, rompem de vez após uma série de desentendimentos em meio a um ataque dos Sentinelas e do Clube do Inferno. Por causa dessa briga, Wolverine funda uma nova facção X-Men sob seu próprio controle, com base na antiga sede da equipe (que estava abandonada). Enquanto isso, Ciclope reorganiza a versão dele dos X-Men, já há algum tempo sediada em São Francisco.
Outro grande plot que envolveu os X-Men nos últimos anos é a chamada Dizimação e a chegada de Esperança. No final de Dinastia M, a descontrolada Feiticeira Escarlate retira os poderes de boa parte dos mutantes, que se tornam uma espécie em extinção.
A primeira mutante que nasce após estes atos é uma menina que recebe o nome de Esperança. Cable e Bispo chegam do futuro após este nascimento. O primeiro alega que ela é a messias dos mutantes, que salvará a espécie da extinção. Já Bispo diz que Esperança se tornará uma espécie de anti-Cristo, matando boa parte dos humanos.
Eventualmente, Esperança vai para o futuro de Cable, que a treina como uma filha — por isso o nome Esperança Summers. Já adolescente, ela volta do futuro e se torna integrante dos X-Men de Ciclope, que acredita bastante na figura messiânica de Esperança e nas palavras do filho Cable. Mais do que isso: fica no ar o envolvimento de Esperança com a Força Fênix, aquela responsável por transformar a Jean Grey na vilã Fênix Negra nos anos 80. Será Esperança realmente uma messias ou ela trará o fim do Universo Marvel?
Tem gente que não quer pagar pra ver. É nesse ponto que, basicamente, começa Vingadores vs. X-Men.
Versão nacional
Como você já percebeu, pegar o fio da meada da saga não é muito fácil para quem não é um leitor constante da Marvel. Nesse sentido, a Panini fez um ótimo trabalho ao condensar VvX, deixando mais acessível aos leitores novatos.

Feiticeira Escarlate mostrando DOIS grandes motivos para nos render <3
A versão nacional de Vingadores vs. X-Men #0 começa, na realidade, trazendo uma minissérie que nos EUA serviu de prelúdio para o crossover e é chamada X-Sanction. A história em si não é grande coisa, mas serve para apresentar Cable e os motivos que ele tem para retornar ao passado para atacar Os Vingadores. Além disso, estabelece um pouco mais da personagem Esperança e traz a semente que, mais pra frente, levará o Ciclope a atacar Os Maiores Heróis da Terra.
Depois, o gibi traz um especial do Nova, que revela o surgimento de uma importante figura no espaço. Por último, há finalmente Avengers vs. X-Men #0, uma edição focada em duas personagens importantes para o crossover: Esperança e Feiticeira Escarlate. O gibi mostra não só a calmaria antes da tempestade, mas também define alguns posicionamentos que veremos a seguir.
Há um ano, quando Avengers vs. X-Men #0 foi publicada nos EUA, o JUDÃO trouxe uma resenha mais específica da publicação. Pra ler é só clickar aqui — ou na chamada a seguir.
Qual é o seu lado?
A partir daqui começará a briga de verdade. Assim como foi na Guerra Civil, a Marvel esperava que AvX fizesse com que as pessoas tomassem um lado no conflito. No entanto, a grande crítica foi que a editora e a equipe de roteiristas do crossover (formada por Brian Michael Bendis, Matt Fraction, Jason Aaron, Ed Brubaker e Jonathan Hickman) foi extremamente tendenciosa para o lado dos Vingadores. Assim, uma parte dos leitores começou a exigir a morte do Ciclope. Por outro lado, outros fãs se sentiram enganados por esse posicionamento e começaram a campanha “O Ciclope Estava Certo”.
Seja pelos caminhos errados ou certos, a Marvel conseguiu a divisão que queria.
Agora resta a você, leitor brasileiro veterano ou novato, ler Vingadores vs. X-Men e tomar um posicionamento. Quem está certo? Os X-Men, que querem garantir o futuro dos mutantes a partir da Esperança Summers? Ou Os Vingadores, que acham que o que está por vir pode acabar com toda a Terra?
A verdade é que, no final das contas, ninguém terá razão…
Via Judão

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