quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Os Vingadores em Blu-ray: um tributo não só ao melhor do cinema, mas ao melhor dos quadrinhos

Por Judão
Desde a última semana – e com um mês de antecedência em relação aos EUA – está à venda no Brasil o DVD o Blu-ray de Os Vingadores. Se este foi o GRANDE filme de 2012 nos cinemas, restava a dúvida: será que este seria também O filme do mercado de home video?
Disney não fez por menos e cumpriu a parte dela. A distribuidora do Mickey desenvolveu nada menos que SEIS versões da caixinha: DVD simples, combo DVD+BD, BD simples, COMBO BD 2D+3D, BD duplo em uma lata e o BD duplo + BD 3D. Com tantas versões e uma estimativa de vendas lá em cima, Os Vingadores praticamente monopolizou a produção nacional de home video por algumas semanas – além de dar ao consumidor várias opções, com algumas servindo de porta para a alta-definição ou para o 3D. Pena que nenhum delas venha com luva. Ao menos há arte interna nas versões em Blu-ray.
Se você AINDA garantiu a sua edição é só clickar aqui. A versão tripla está disponível aqui.
Menus e imagem
Quando você coloca o disco do filme no seu BD player é até engraçado. Por conta das burocracias contratuais, o filme recebe na embalagem e na abertura do disco o logo da Paramount – apesar de ser da Disney. Assim, logo após o logo do primeiro estúdio, vemos aquele padrão artístico do segundo. Isso não é ruim, pelo contrário. O menu principal também traz uma animação bem interessante, com destaque para cada um dos membros da equipe.
Quando o filme começa, a sensação é melhor AINDA. Não vou ficar entrando nessas coisas técnicas de bitrate, nem nada disso, que é um pé no saco e o ser humano normal não enxerga diferença. O que importa é que a imagem é muito boa, linda até, sem falhas ou problemas. Como Os Vingadores foi todo gravado digitalmente, não há aquela típica percepção da granulação da película no BD. Os mais puristas vão reclamar, mas…
O aspecto de tela é 1:85, ou seja, o filme quase toma toda a tela da sua TV wide – isso sem a tal da mutilação, já que é o mesmo aspecto usado na versão dos cinemas.

Scár em HD <3
Além desse aí em cima, outros dois destaques do Blu-ray vem depois do filme. O primeiro é exatamente o momento dos créditos, com algumas coisas ligadas aos personagens — e o nome dos atores que os interpretam. No cinema já era legal, agora tá IMPRESSIONANTE. O mesmo vale pro momento em que o Thanos recebe a informação de que os terráqueos tem ~uma coisa com a Morte. Ele sorrindo em HD, na TV, é muito mais bonito e brilhante.
E, sim, a cena do Shawarma, que não veio pros nossos cinemas, está lá. E PQP, como é tosca. Mas divertida, como a gente já sabia há algum tempo. ;)
O que não está, infelizmente, são os comentários em áudio do diretor Joss Whedon, exclusivos da versão dos EUA. Esses 30 dias de vantagem que tivemos não seriam assim de graça. Mas bem que poderia ser liberado depois de um tempo, via BD-Live…
Legendas e dublagem
O áudio dublado em português é o mesmo da versão dos cinemas, com seus acertos e erros. Você pode não gostar, mas para crianças e para uma parte do público a dublagem é sim importante. Meu único problema com ela, nesse caso especifico, é criar um plural para Chitauri. “Chitauris” não existe. É aquela coisa do latim… Chitauri já é o plural. Singular seria “campus”… Mas até hoje falam em mídiaS, né?
A legenda é a mesma coisa: continua com os erros e acertos, incluindo o intragável “Hulk… ARRASA” dito pelo Steve Rogers na luta final.
Extras
No primeiro disco, disponível na versão simples, nos combos BD+DVD e no BD 2D + BD 3D, além da lata, temos vários extras. Começando pelo curta Artigo 47 que é até legal, apesar de meio bobinho.
Entre as cenas deletadas, há aquela abertura alternativa com a Maria Hill que, com outra cena deletada — um fim alternativo — fez MUITO mais sentido; o Steve Rogers se sentindo ~perdido no tempo, a versão pre-viz da luta final contra os Chitauri, sem os efeitos especiais e com animações simples bem simples, além dos atores lutando muitas vezes contra o nada, telas verdes e cenários mínimos; Nick Fury discutindo com os figurões; Bruce Banner sendo ajudado pelo zelador…
O interessante dessas cenas a mais é que mostram uma agente Maria Hill um pouco insubordinada, sem concordar exatamente com as ações de Fury – assim como é nas HQs.
Outro extra importante que está no primeiro disco é um pequeno documentário sobre os visuais do filme, com declarações do Joss Whedon, atores e produtores, mostrando muitos dos bastidores do filme. Para você ter uma ideia, eles falam de todo o processo de criação do aeroporta-aviões. Impressionante como tudo no cinema é mentira. =D
E tem também os erros de gravações que, como você deve imaginar, são sensacionais. :)
O segundo disco, disponível apenas para quem compra a versão tripla (que vem com o filme em 3D num disco só pra ele) ou a lata, se resume a um único e enorme extra — um verdadeiro filme, de quase 1h40, chamado Construindo um Sonho. E é bem isso, contando toda a trajetória da Marvel na produção desse já enorme universo cinematográfico. De Kevin Feige aos produtores de quase todos os filmes, incluindo os atores, todos dão entrevistas para o documentário.
Também é feito um tributo às origens nos quadrinhos. Nomes como Jack Kirby e Joe Simon são citados, mostrando a Marvel quando ainda se chamava Timely. Aliás, há ainda uma entrevista do Simon, criador do Capitão América e falecido recentemente. É de arrepiar. O Stan Lee não é deixado de lado, claro. Ele também é um dos entrevistados.
Mesmo quando o documentário vai falar de cada um dos filmes, tudo começa pelos quadrinhos. As origens, as inspirações, ideias… Trata-se de um grande tributo aos artistas e leitores que, juntos, tornaram esse sonho realidade. É o retrato de toda a magia criada pela Marvel Studios. Algo que colecionadores, fãs de HQs e/ou da Marvel DEVEM ter e VER.
Enfim…
Hey, nem tudo ia ser perfeito, não é verdade? Apesar de que, neste caso específico, o problema talvez não seja exatamente da Disney. O disco utilizado para esta resenha, comprado via Submarino, veio em péssimo estado. Começando pela embalagem enrugada e chegando, veja só, aos discos sujos e arranhados, a ponto de dar alguns pulos na execução dos extras.
Ou seja, fica a dica: cuidado ao comprar a versão tripla no Submarino.
A versão simples, enviada pela distribuidora ao JUDÃO, não tinha problema nenhum. E ainda veio com um “flyer” de Detona Ralph. E, mesmo sem esse documentário exclusivo, sem cards, sem lata, vale a pena. Se você tiver com a grana curta, esperando a maleta, pode ser uma boa opção.
O que importa, no final, é o conteúdo que Joss Whedon preparou pra gente. Todo o resto só mostra o quanto AWESOME esse filme foi – e continuará sendo.

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