segunda-feira, 18 de julho de 2011

Tradutor do cotidiano maringaense

Por O diario.com- Post 16.05.11
O nome Marcos César Lukaszewigz é pouco familiar para muitos maringaenses. Mas se pegarmos uma fração do sobrenome dele, no entanto, é fácil de se reconhecer o cartunista Lukas, que desde 1987 desenha profissionalmente e há vinte anos mantém uma parceria com O Diário.
Lukas, 48, sempre viveu na região. Aos seis anos, mudou-se de Mandaguari para Maringá, e daqui não mais saiu. "Maringá sempre me tratou bem, inclusive, quando comecei a publicar meus cartuns. Muita gente gosta do trabalho e reconhecem minha capacidade. Profissionalmente, não posso reclamar", destaca.
A paixão dele pelo desenho foi despertada ainda na infância, quando lia histórias em quadrinhos do Tio Patinhas. "Eu viajava muito nos gibis e, aos seis anos, já havia desenvolvido noção de leitura", lembra.
Antes de se firmar como cartunista, Lukas trabalhou por nove anos como classificador de produtos vegetais em uma estatal: enjoou e viu que o negócio dele era desenhar. "Pedi as contas e deu no que deu", diz.
A temática preferida de trabalho dele é o "besteirol, coisas meio absurdas, surreais". De política não gosta tanto, mas encara o assunto por dever de ofício - e faz sucesso com a espirituosidade dele.
Em casa, onde se recupera de um câncer na garganta, Lukas nunca deixou a doença interromper o trabalho. Embora diga que "não é fácil fazer humor com o problema que tenho", mantém-se ativo e otimista. "Estou engatando uma primeira. O tempo sara quase tudo", ressalta.
Como lugar especial da cidade, aponta a Avenida Getúlio Vargas. "Curtia muito ficar ali, vendo o movimento das pessoas", alega. Para Lukas, é imprescindível ao trabalho dele a observação humana. "Ver gente, as atitudes, as falas, o comportamento em geral. Tenho sentido muita falta disso nos últimos meses. A Getúlio Vargas era o meu QG no centro da cidade", afirma.

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