segunda-feira, 18 de julho de 2011

NEORAMA destaca o Primeira Edição

Quadrinistas ganham revista 

Publicação: 15 de Abril de 2011 às 00:00 - Tribuna do Norte

Há tempos que as história em quadrinhos deixaram de ser vistas como coisa de criança. Até o mais incauto e desinformado dos leitores admite a presença predominante, e a importância literária, das HQs adultas. E os quadrinistas potiguares comprovam esse perfil: hoje, às 10h, na livraria Potylivros do Orla Sul, títulos com temática eclética, produzidos por quadrinistas de várias cidades do RN, chegam ao mercado através do “Projeto Primeira Edição”, iniciativa viabilizada com apoio da própria livraria Poty e da Fundação José Augusto.


“Algumas histórias estavam prontas há quase dez anos, e só agora estão sendo publicadas”, disse Luiz Elson, professor de artes, desenhista e coordenador do Projeto. Ele adiantou que, na ocasião, será lançado catálogo e mais cinco revistas: “Quantum”, de Wendell Cavalcanti; o segundo número do anti-herói “The Negão”, de Eduardo Kowalewski; “Depois de Tudo...”, de Wagner Michael; “Tupis e Brobós”, ‘quadrinização’ de pesquisa realizada por Alcides Sales; e a coletânea “Núcleo Base Quadrinhos”.


O catálogo, segundo Luiz Elson, reúne um resumo sobre o Prêmio Moacy Cirne de Quadrinhos, edital da FJA com pagamento pendente desde 2009, e uma de histórias avulsas, de autores não contemplados pelo edital. “Além de informações sobre o edital, o catálogo também vai servir para proporcionar maior intercâmbio entre os quadrinistas potiguares”, garante. “Muitos artistas reclamam que não se sentem valorizados, que não publicam por falta de apoio. Questionaram até os critérios adotados para selecionar os projetos contemplados  do Prêmio Moacy Cirne”, enumera.


De acordo com Elson, esses são motivos mais que suficientes para justificar o lançamento do catálogo: “Quero que um veja o trabalho do outro, que auto-avalie os próprios desenhos. Chegamos a um ponto que não adianta ficar lamentando ou esperando dinheiro público, temos que fazer, publicar, colocar as histórias na rua, ganhar público: se não dá pra ser colorido, publique preto e branco; se não dá pra editar com o melhor papel, vamos imprimir em papel jornal. O que não pode é ficar com material engavetado”, garante.


Da mesma série “Primeira Edição”, já foram lançadas, entre outras, a futurista “Natal, terra de ninguém”. A revista, que traz roteiro de Miguel Rude e arte de Wendell Cavalcanti, catapulta o leitor para uma Natal transformada em território ocupado pelos Estados Unidos. Outra publicação que merece destaque é a conceitual “Titanocracia” (K-Ótica), de Marcos Guerra, uma visão pós-apocalíptica da humanidade .

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