segunda-feira, 18 de julho de 2011

Cidadão Modelo... de que?

Surge um novo "Batman" nos Estados Unidos
Por Marcus Ramone - UHQ

Cidadão-Modelo
Os super-heróis, sem sombra de dúvida, fazem parte da cultura e do imaginário popular nos Estados Unidos. Entre os muitos exemplos que comprovam isso, estão as referências a esses personagens em estudos científicos, festas populares, cultos religiosos e, como vem sendo destacado há alguns anos, uma onda de pessoas comuns que se arriscam a combater o crime ou fazer as mais diversas boas ações, sempre fantasiadas de heróis famosos ou daqueles criados por elas mesmas.

Em 2007, o repórter Joe Dana, do telejornal
12 News, revelou que no início daquele ano um desses super-heróis da vida real estreou na cidade de Phoenix, no Arizona. Seu nome: Cidadão-Modelo.

A semelhança dessa figura com Batman não está apenas na máscara e na capa que ele usa. O alter ego do novo "super-herói", Jim - o segundo nome permanece em segredo -, é rico (gastou 4 mil dólares só para confeccionar o uniforme, que inclui armadura e cinto de utilidades, desenvolvido por um profissional de armamentos) e patrulha as ruas da cidade em um "modelomóvel".


Cidadão-Modelo atuava evitando furtos, assaltos, trocando pneus de carros e até ajudando pessoas que necessitam de ajuda simples como ser erguida após um tropeção. Também distribui nas ruas panfletos em que descreve sua missão e divulga um e-mail e número de telefone nos quais pode ser encontrado para prestar auxílio. Mas nada de pedir dinheiro emprestado, faz questão de destacar um trecho do panfleto.


Entretanto, antes que alguém pense que há nas ruas de Phoenix um vigilante agindo de forma irresponsável, vale ressaltar que Cidadão-Modelo deixa toda a ação perigosa para a polícia. Nos crimes que já conseguiu evitar ou naqueles em que os malfeitores foram presos, o herói alertou as autoridades para que agissem de imediato.
Cidadão-Modelo
Para o caso de não haver tempo de a polícia agir, entretanto, Cidadão-Modelo possui armas não-letais como um bastão de polícia e uma pistola que atira feijão, e seu carro ainda é equipado com algumas parafernálias de dispersão individual ou coletiva.
Numa noite de abril daquele ano, o mais novo super-herói do mundo real foi acordado em sua casa no meio da noite. Era a polícia. Tudo levava a crer que seus dias de super-herói chegariam ao fim.
Mas a bem-vinda ajuda que Cidadão-Modelo prestou em tão pouco tempo parece ter servido de atenuante para a prática não autorizada de vigilantismo, e o herói foi apenas advertido e aconselhado.
Assim, para continuar servindo à comunidade, ele teve que se registrar como colaborador voluntário da polícia e deixar de lado aqueles "brinquedos" que nem chegou a usar contra os bandidos.
PUBLICADO EM  03-12-10

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